27 junio, 2008

Das poucas coisas que me fazem chorar



Turandot, Pucchini - Lucciano Pavarotti
Atto III - Quadro primo

PEOPLE
No man shall sleep! No man shall sleep!

CALAF
No man shall sleep! No man shall sleep!
You too, o Princess,
in your chaste room
are watching the stars which
tremble with love and hope!
But my secret lies hidden within me,
no one shall discover my name!
Oh no, I will reveal it only on your lips,
when daylight shines forth
and my kiss shall break
the silence which makes you mine!

WOMEN
off stage; distant
Nobody will discover his name ...
And we shall have to die, alas! Die!

CALAF
Depart, oh night! Hasten your setting, you stars!
Set, you stars! At dawn I shall win!
I shall win! I shall win

(via)

21 junio, 2008

Glenn Gould interpreta Bach



En este documental, Glenn Gould volvía a todos locos porque querían quitar de la grabación el sonido de su constante canturrear mientras tocaba el piano. Es que su madre le dijo, cuando era niño, que si quería tocar una canción, tenía que cantarla, pues esa era la mejor manera de lograr aprendersela. Él siguió haciéndolo toda la vida.

18 junio, 2008

Eu sei que vou te amar y quiero que me perdonen los muertos de mi felicidad, Dindi.

Minhas tardes são sobre silêncio e páginas em branco - que, se Deus quere, vão se recheando ao longo das horas.

Vez ou outra, eu escuto, desde algum lugar da minha rua, músicas que algum vizinho escuta, em tom de eco, sempre na mesma altura, sempre o mesmo vento que traz; imagino que ele/a coloca a vitrola na varandinha da sala do seu apartamento, acende um cigarro e fica olhando o céu - ao menos sei que era isso que eu faria se minha casa tivesse uma varandinha e dela eu conseguisse olhar o céu. Sei que é uma vitrola porque às vezes eu escuto o ruído inconfundível da agulha no vinil quando se muda de faixa.

Semana passada, escutei "pequeña serenata diurna" num vento leste de verão, quente e imprudente, como quem busca uma saia pra levantar. Eu estava especialmente desiludida, na companhia de um hiato criativo insistente, mas foi uma grande tarde aquela: não falei com ninguém, desliguei o computador e fui escrever no papel (alguém lembra dele?) algumas notas sobre dois ou três assuntos, e de repente havia escrito três páginas inteiras sobre la gramatica de las multitudes. Não vai entrar na tese, mas vai entrar em alguma coisa, algum dia.

Hoje, 34 graus, dois litros de coca light e um banho de 40 minutos, ainda nenhuma palavra na página em branco. Pensei em me drogar com um livro de poesia do leminski, que já viajou continentes na minha mochila, já se molhou, já se enlameou, já serviu de travesseiro, já foi amado e odiado e sempre me serve quando nenhum ser humano.

Foi aí que escutei o violão bossa nova, só os seus baixos, vindo das paredes desde algum lugar direto pra minha cabeça. Tum tum, tum tum - me senti em casa - , olhei ao redor, procurando alguma coisa minha ligada... o ipod ligou só? Mestrado gera traumas? Meu vizinho conhece música brasileira e estava escutando "Eu Sei Que Vou Te Amar", do disco do Vinicius, Toquinho e Maria Creuza na Itália, onde ele recita o "Soneto de Fidelidade" enquanto ela cantarola...

Depois ele colocou o Tom cantando "Dindi" com o Frank Sinatra.

Entre o êxtase e o não-mover-um-dedo-pra-não-assustar-a-música-boa, decidi vir escrever sobre isso, aí ele/a colocou "Bem Devagar", numa versão velhíssima do Gilberto Gil. Melhor deixar de escrever baboseiras que ninguém vai ler e curtir o momento que não voltará.

17 junio, 2008

Firefox Download Day

Hoje é dia de baixar o novo Firefox 3 em todo o seu esplendor.





... e viva o conhecimento livre!

Firefox

16 junio, 2008

somewhere, sunshine



Norah Jones | Somewhere over the rainbow

11 junio, 2008

O primeiro meme a gente nunca esquece

1) acesse http://en.wikipedia.org/wiki/Special:Random - o título da primeira página aleatória que aparecer será o nome da sua banda.
2) vá pra http://www.quotationspage.com/random.php3 - as últimas quatro palavras da última frase da página formarão o título do seu disco.
3) acesse http://www.flickr.com/explore/interesting/7days/ - a terceira foto, não importa qual seja, será a capa do seu disco.
(via)



Meu resultado:





Eu sou a rainha do paint.

Tautología

http://www.paradoxportal.com.ar/paginas/enciclopedia-tautologia.html

Figura de dicción que usa distintas palabras para decir lo mismo. Por ejemplo: "Reincidir por segunda vez". Es la repetición de una misma idea o pensamiento expresado de distintas maneras. Suele tomarse en mal sentido por redundancia innecesaria, inútil y viciosa.
Es interesante observar que desde el punto de vista de la lógica se considere a la tautología (que repite) como un razonamiento verdadero, simplemente porque no se contradice (al ser una repetición no puede contradecirse). Las llamadas ciencias formales (como la matemática o la lógica) son tautológicas ya que tratan de explicar lo que ya está contenido implícitamente en los axiomas de los que parten.
Ahora bien, desde el lenguaje la tautología es considerada un error de estilo, ya que nadie podría aceptar que esté bien dicho: "Yo mismo en persona".

Sin embargo, diversos investigadores han encontrado en la repetición una fuente paradojal de cambio como bien lo expresa Edgar Morin:

"Así la formidable organización viva comporta gastos, trabajos, refinamientos inauditos abocados únicamente a mantener su mantenimiento, es decir, a esta tautológica finalidad de permanencia: sobrevivir".
"Dicho de otro modo, la finalidad de la vida sólo puede expresarse en la aparente tautología vivir para vivir".

Conservando la estructura de repetición, Morin observa la tautología de un modo inverso, usa las mismas palabras para decir algo distinto.
De manera que podemos enriquecer nuestra definición de tautología desarrollando un quiasmo paradójico interesante:

Tautología es: usar distintas palabras para decir lo mismo, o usar las mismas palabras para decir algo distinto.

05 junio, 2008

Blue Velvet

Dias atrás, sonhei que estava na Dinamarca, tomando café com David Lynch.





Eu saía da estação de trem de Copenhagen, cruzava a rua cruzada pelos trilhos dos bondes e pelos fios elétricos - linhas urbanas sob meus pés e em cima da minha cabeça. Parava na vitrine de um café, dessas com os nomes escritos em letras arredondadas sobre o vidro, de onde se vê algo de dentro e algo de fora, refletido. Ele estava lá, com essa mesmíssima cara (a usual de toda a vida), olhando pra mim.

Entrei, sentei, meu café já estava na mesa. Ficamos nos olhando todo o sonho, e havia muita, mas muita fumaça. Não houve nada mais, não toquei o café, não abri a boca, me senti meio sem fôlego, levantei e saí. Ouvi todo o tempo o ruído de louças se debatendo, uma música de rádio qualquer ao fundo mas nenhuma palavra, nenhum murmuro.

Acordei, me virei na cama - pés e ponta do nariz gelados -, procurei o cobertor, desisti dele, levantei, fui atrás de cafeína, dei o primeiro gole na casa em silêncio. Sensação estranha. Liguei os Pixies no último volume e fui tomar banho.

(...)

Nessas horas, me arrependo de ter menosprezado a psicologia e não ter ninguém que me explique o que esse puto sonho quis dizer.

02 junio, 2008

Relativism



“The way things appear to me, in that way they exist for me and the way things appear to you, in that way they exist for you."


Protagoras, quoted by Plato.

 

Roberta Gonçalves, 2007 - We copyleft it!