21 junio, 2007

Faça um test drive no Linux... afinal de contas, é gratis.

Perfect for a 2nd PC, you can run it alongside Windows if you want

June 21, 2007
I really want you folks to try the free (free free free) Linux OS at some point in your life.

It has become a very credible operating system, even for typical PC users . . . though the whole concept is still alien and intimidating. Herewith is a list of Everything You Ought To Know Before Your First Linux Install:

1. Linux and its free software are a perfect choice for a "spare" computer, like the PC your kids use or the notebook that migrates throughout the house. For meat-and-potatoes Web browsing, e-mail, word processing, and media playing, spending $400 for legit copies of Windows and commercial apps can be overkill.

2. There's no "one" Linux. The Linux OS is a lot like English: It's all the same, technically, but the variants will prevent you from successfully ordering a submarine sandwich with fries and a Coke when you're 400 miles away from where you grew up.

3. Even with one specific kind of Linux, there are several distributions. A "distro" is a specific combination of the OS and various packages of drivers, installers, utilities, and user apps that make installing and using it either as smooth as silk or a nightmare from which you fear you shall never awaken. Visit distrowatch.com for a field guide.

My personal favorite distro is Ubuntu Linux (ubuntu.com). It has a huge, active support forum (ubuntuforums.org).

4. Your distro will arrive in the form of a "Live CD," which you can either purchase online for the cost of two X-Men comics or download as a 500 megabyte disc image and then burn. Boot your PC from this disc, and presto, you're using Linux, complete with a full suite of useful apps such as the Firefox browser and the OpenOffice suite of productivity apps. If you like what you see, you can install Linux directly onto your hard drive. If you don't, just shut down and eject. Your PC will be left untouched.

5. It's not necessary to choose between Linux and Windows. Your installer can create a "dual boot" system that can run both. Either way, use your PC's built-in utility to burn a "recovery disc" so you can re-install Windows.

6. The biggest stumbling block you'll encounter with Linux is getting it to recognize all of your PC's hardware. I mean you might have no WiFi. And your gorgeous 1600x1200 screen is downgraded to 800x600 resolution.

Sure, I've had Linux installations go smoothly. But that only happens when the distro you've chosen is exceptionally right for your PC, and includes all of the drivers you'll need. Google for the make and model of your PC plus "Linux" and "distro," and you'll quickly find a good candidate.

7. Don't be frightened off by some of the mega-complicated solutions you'll find in the help forums. Locating and installing the extra drivers you need is a job for Linux's built-in package manager.

So with Ubuntu, for example, getting your display running at full resolution merely requires that from the menu bar, you click on System >Administration >Synaptic Package Manager. Then search for the name of your video card, and then click a button to download and install the right drivers. Even better, package managers help you locate virtually any free software you might ever need.

8. Just creating a bootable, useful system is 80 percent of the install, and will take only 5 percent of your time. The next 10 percent of the project will take up to 50 percent. Getting the final 5 percent of your hardware working (like your notebook's headphone jack) might not be worth the investment.

9. Your existing peripherals will probably work fine. There are drivers for most popular printers, and if your digital camera or music player appears on your PC as an external storage device, it'll work with Linux media managers.

10. Remember that the world is a good and happy place, and that Linux's many creators and supporters wish you no harm.



* retirado do muito bem escrito artigo do The Sun-Times.

** for that matter, eu recomendo, além do Ubunto, o Conectiva como uma boa distribuição "reconhecimento de campo".

*** if you wanna go national, eu realmente adoro o Kurumin, que é lindinho, facinho e todo plug-and-playzinho.



20 junio, 2007

Ainda a Ilha

Falando em Cuba (post passado), olha a animação que o Leftchannel fez para o RLD2 e a inspiração latina sobre a música "1976":





Podemos escrever a história da revolução frame to frame e com licença poética.

19 junio, 2007

Cocodrilo Verde

Ontem me chamaram de radical. Um amigo de um amigo meu.
Isso me fez parar um segundo e pensar nos meus desejos imediatos, que eram, por ordem de "imediatez", que chegasse a cerveja preta que eu havia pedido, voltar pra casa e terminar de ler um livro para a minha tese, terminar a minha tese e ir a Cuba.


Quero ir a Cuba (e já fui muitas vezes, de muitas maneiras, só não ainda fisicamente) desde sempre, queria viver uns tempos lá, passar bem bem e bem mal, namorar uns quantos cubanos e aprender a usar lenço na cabeça daquela maneira que usam as cubanas e que não as fazem parecer deprimentes, como lenços na cabeça geralmente fazem. Tudo isso antes que se anuncie a morte de Fidel e todo mundo lá comece a falar inglês.

Um professor e amigo meu viveu em Cuba, exilado pelo regime franquista, e conheceu o Comandante em pessoa. Eu tinha a ilusão de ir, na qualidade de mestranda, que estuda história das revoluções sociais e direitos humanos, aluna de alguém que já fumou purros com Fidel e pedir uma audiência com ele, tirar uma foto e dizer que ele é o cara.

Agora só na outra vida, mas conhecer La Habana ainda é possível, se eu tratar de correr.

Eu queria ter dito tudo isso ao cidadão que me acusou de radical. Assim ele poderia me chamar de radical com mais propriedade, mas como eu sou radical, não posso argumentar, afinal, ambos conceitos não se combinam.

Às vezes, até dar motivos às presunções alheias é difícil.

11 junio, 2007

a matter of matters

Desde 1492 até 1990, estima-se que houve no mundo cerca de 36 genocídios, os quais tomaram a vida de alguns milhões de pessoas. Mais da metade desses atentados à humanidade tiveram lugar no século XX (Ruanda, Cambodja...), e sozinhas as duas Grandes Guerras mataram em torno de 55 milhões de pessoas.

Após 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, urgia a criação de leis que tutelassem tais crimes mais efetivamente do que já se havia escrito, dito e pensado ao longo da história política pós-revolução francesa. Dessa forma, a Declaração de Direitos Humanos da ONU, de 1948, invocou para si a tarefa de universalizar conceitos como vida, liberdade e dignidade humana, enunciando assim a nova era de proteção aos povos do mundo.

Entretanto, se Richard Rorty estava certo ao intitular o ser humano como um ser contingente, que muito longe de ser absoluto e transcendente, é fruto da pluralidade de experiências, crenças e valores adquiridos por determinada tradição cultural que evolui e/ou degenera ao longo de causalidades incontroláveis, uma série de direitos baseados em dado período histórico onde o comportamento humano se dava de tal maneira não pode funcionar como um ponto fixo de racionalidade apta a lograr em todas as esferas sociais, a qualquer tempo, universalmente.

Aliás, universalidade é algo tão ingênuo quanto perigoso. O que nos define a todos como "iguais" é exatamente a precariedade da existência humana e, portanto, a impossibilidade do "igual" em nós. Em certa medida, é essa a lógica que leva Nietzsche a proclamar a democracia como a maior degradação do individualismo do homem, porque trata de sustentar que somos todos iguais e destituir os cidadãos do direito à sua "personalidade" única e própria.

Apartando um pouco os radicalismos (o desapreço de Nietzsche pelas massas tem muita influência sobre suas deliberaçoes acerca do tema), muito embora os cientistas jurídicos, assim como os políticos, tendam a desconsiderar as discussões analítico-filosóficas sobre Direitos Humanos, é muito fácil encontrar pontos onde eles, até hoje, falham ou simplesmente não conseguem chegar, por aferrar-se ao corolário da universalidade e não no que se pode chamar diferencialidade, à medida em que, se prestamos bem atenção, toda luta humana se rege pelo desejo de querer ser único e distinto, ou de manter a sua identidade cultural quando os demais tentam converter-lhes em seus iguais.

Só é preciso ler nos jornais, entender o que é a televisão, ou simplesmente atentar ao que fazemos no nosso próprio dia-a-dia. Eu quero ser igual a todos ou desejo mesmo é mostrar ao mundo que sou diferente?

08 junio, 2007

Como ser presidente dos EUA em 5 lições

Eis uma coisinha que se pode depreender de uma aula de geopolítica:

O censo nos Estados Unidos da América do Norte não é obrigatório, o que significa dizer que ninguém está obrigado a entrar nas estatísticas como "cidadão"; Calcula-se por essas bandas que são contabilizados mesmo só um oitenta por cento do povo, mas que figuram como cem por cento da cifra censitária oficial.

Desses oitenta por cento, em média, apenas outros oitenta por cento estão aptos a votar, quer dizer, são maiores de dezoito anos, sem impedimentos.

Outra vez, como por lá não existe o dever elitivo, longe da totalidade desses oitenta por cento de aptos vão, de fato, à boca da urna; calcula-se, pois, que a cifra de votantes gira em torno aos setenta por cento (para o caso da eleição à presidência; baixando o escalão, baixam vertiginosamente tais números).

Mas olha o truque! São 70% dos 80% dos 80% dos 100% originais.

Considerando que a segunda eleição do Bush, dizem, foi ganha contanto com os 51% dos votos apurados, estaríamos falando, então - não se percam! -, de 51% dos 70% dos 80% dos 80% dos 100% da população estadounidense... uns parcos vinte e dois e algo por cento, nessa aproximação. O tipo só precisa convencer a 22% da nação para ser eleito por maioria absoluta. 22%.


Fácil ser tirano do mundo hoje em dia, não?




07 junio, 2007

think different





pensar igual é repetir. até os macacos já se cansaram disso.

01 junio, 2007

La Paz Perpetua de Kant

En el siglo XVIII, bajo el contexto histórico de la paz de Basilea entre Francia y Prusia, en 1750, Kant escribe su pequeño ensayo Sobre la paz perpetua, dónde busca establecer las condiciones políticas, militares y éticas para lograr la concordia universal.


Lo leía y me imaginaba si el alemán tenía la conciencia de que estaría vaticinando el futuro al proponer todas las premisas las cuales, según él, son imprescindibles para la consecución de la paz. Por no creer en casualidades históricas, me fijo en el hecho de que al pensamiento crítico-filosófico deberían tener más en cuenta los políticos y las estrategias.

¿Y qué semejanza hay entre las cuotas kantianas y la actualidad? Se las cito:


“No debe considerarse válido ningún tratado de paz que se haya celebrado con reserva secreta sobre alguna causa de guerra en el futuro”, pues eso sería armisticio, es decir, posponer el uso de las armas en una guerra de infidelidades.







“Ningún Estado independiente podrá ser adquirido por otro mediante herencia, permuta, compra o donación”, pues un pueblo, una nación, un territorio, son más que eso, son una cultura compuesta por seres humanos a los cuales recaen derechos innatos y inalienables.





"Ningún país puede atacar a otro basándose en suposiciones de lo que puede pasar en el futuro", pues siempre será peor adelantar el mal de la guerra que dar una oportunidad a la paz.







“Los ejércitos permanentes deben desaparecer totalmente con el tiempo”, desapareciendo con ellos la constante amenaza y el imperio de la incertidumbre respecto a la paz.




“Ningún Estado debe inmiscuirse por la fuerza en la constitución y gobierno de otro”, si no existe un desorden político ni conflictos internos, la intervención de un territorio atentaría contra los derechos de un pueblo independiente.










“Ningún Estado en guerra con otro debe permitirse tales hostilidades que hagan imposible la confianza mutua en la paz futura”














(...)





En los Apéndices I e II, Kant habla sobre la discrepancia entre moral y política respecto a la paz perpetua y sobre la armonía de la política según el concepto transcendental del Derecho Público, queriendo decir que es primordial una ética pública que anhele la paz permanente, la que impida al gobernante convertirse en déspota y exonere la Política de las argucias y contradicciones, porque el gobierno debe ser un guía para la nación, y no un ente dominante.






...Actual, ¿no?









*todas las imágenes fueron halladas en google.com.

28 mayo, 2007

Todo humanismo é um patriotismo...

...porque se somos representações aleatórias ou coincidentes, pensadas e pensando através de uma gramática concebida pelo mito da verdade, e se esta é de fato um mito, o nosso legado não será mais que a imaginação. E quando provamos do mundo as palavras desvirtuam o des-cobrir: fora a Mentira que nos delata, a negativa, o não-ser que é essência de todas as coisas. O certo é que somos coisas, como quaisquer outras coisas, objetos sintáticos, cadeiras, elefantes, filósofos, mentira. O mundo é o que pensamos existir como mundo, e cada um vive das suas próprias considerações. E todo o resto que a gente se autoimpõe como se fosse vantagem evolutiva é mero patriotismo, bairrismo, prolegômenos, um conto a mais da nossa língua.






Entretanto, acho que vivo dentro de numa bolha cartesiana de racionalidade... eu sigo duvidando para provar que existo.

16 abril, 2007

Os Poréns de Antônio Vieira

Quando o Padre Antonio Vieira desembarca a primeira vez com sua família, de Portugal para a cidade da Bahia, ainda não se havia despertado nele a vocação religiosa. Sua vida de “brasileiro” foi volteada pela questão indígena, dos que viviam à costa e que foram expulsos, de onde depois foi também o expulsado.

Na Companhia de Jesus, Vieira foi pai e algoz; quando começou a escrever seus sermões, refletiu sobre a verdade, virtude certamente oposta à mentira, dizendo que no Brasil até o céu mente (“o céu é uma mentira azul”), como se houvera escrito hoje de manhã, e não há quatro séculos...

Ironias à parte, lhe cabe a crítica da doutrinação pervertida em dominação, baseada em um processo que começou bem antes, com os gregos, e que tem seus respectivos fundamentos em cada período histórico, o da desumanização de um povo.

Os gregos, e todos os seus contemporâneos, consideravam seus escravos como coisas, objetos desprovidos da condição humana e, portanto, passíveis de valoracao em dinheiro, compra, venda, troca, destruição.

Desumanizar é a ferramenta de muitos e muitos processos de exploração do homem sobre o homem, antes de Vieira os gregos, depois dele os nazistas, cada um excusado por seus próprios motivos, mas a teles de todo o processo é a mesma: uma excusa para a barbárie.

Antônio Vieira não cria, como faziam os Senhores escravistas, que os índios (e negros) não tinham alma, em parte o que o fez chocar com muitos colonos, mas os tinha como selvagens endemoniados que careciam viver "dignamente", vestir roupas e não idolatrar o sol para poder merecer o Paraíso cristão; era contra a escravidão indígena, mas consentia com ela nas condições enunciadas por Francisco Vitória, famoso abolicionista ibérico, em que índios e negros poderiam ser explorados "em acordo com las leis da igreja". Esses poréns aparecem reiteradamente em suas convicções: abolicionista ma non troppo.

Pecava porque apoiava um dos maiores massacres que uma cultura já experimentou ao longo da História, pervertia a lógica de seu Deus porque não respeitava os costumes e as tradicões de um povo, muito anterior à chegada de portugueses no Brasil, que era tão sociedade quanto qualquer outra sociedade.

Não obstante, toda doutrina tem seu tom de dominacão, toda fé cega é totalitária, e Antônio Vieira foi um grande orador e pensador da causa indígena num tempo de Inquisição, colonialismo e navios negreiros. Escreveu suas possibilidades e reconheceu suas impossibilidades.

Seus Sermões são de fato obras de arte. Com grande consciencia, escreveu, no Sermão da Quarta Dominga do Advento:

“Comove-me muito mais a imagem dos meus pecados do que essa imagem de Cristo crucificado. Porque diante da imagem de Cristo crucificado, eu sou levado a ensoberbecer-me por ver o preço pelo qual Deus me comprou. Mas diante da imagem dos meus pecados, eu sou levado a apequenar-me, por ver o preço pelo qual eu me vendi. Quando vejo que Ele me comprou com todo o seu sangue, eu não posso deixar de pensar que eu sou muito, eu valho muito. Mas quando vejo que eu me vendi pelos nadas do mundo, aí penso que sou nada, valho mesmo é nada.”

12 abril, 2007

Copa do Mundo dos Filósofos [Philosopher's World Cup]

Tenho que admitir: eu adoro humor inglês.

Não é porno-chanchada nem citcom, mas eu acho que o humor inglês combina tanto com a ironia quanto com o pastelão, um humor inadvertidamente formal (impossível não sentir a elegância do acento britânico) e sem a autopiedade do humor brasileiro, por exemplo: eles riem do savoir faire do inglês médio, das suas inabilidades sociais e do seu formalismo démodè, de uma maneira quase ingênua, muitas vezes sem graça, mas sempre interessante.

O melhor desse humor inglês é o Monty Python, o qual, imagino, dispensa comentários. Dessa vez, quero mostrar-lhes um sketch onde se trava uma partida de futebol entre Grécia e Alemanha, que teria lugar durante a Copa do Mundo que se realizou em Munique, em 1972. Era a grande final.

As seleções são formadas pelos filósofos, respectivamente, gregos e alemães, e se desenrola tendo em conta as ideologias de cada jogador, motivações as quais são narradas passo a passo pelo locutor (de intusiasmo igualmente inglês), e mesclam o escracho com a inteligência dos autores em vincular tendências filosóficas e passes de futebol.

A Alemanha, que entra primeiro no estádio, vem escalada da seguinte forma:

1 LEIBNITZ
2 KANT
3 HEGEL
4 SCHOPENHAUER
5 SCHELLING
6 BECKENBAUER
7 JASPERS
8 SCHLEGEL
9 WITTGENSTEIN
10 NIETZSCHE
11 HEIDEGGER

(A filosofia germânica representada desde o "Idealismo Alemão" até a "Escola de Frankfurt", e mais além.)

Depois, a seleção grega, que vem com:

1 PLATÃO
2 EPITETO
3 ARISTÓTELES
4 SÓFOCLES
5 EMPEDOCLES DE ACRAGA
6 PLOTIN
7 EPICURO
8 HERACLITO
9 DEMOCRITO
10 SÓCRATES
11 ARQUIMEDES

Dispensam comentários. Só aponto que Plotin não era grego, mas egípcio, que é algo que eu prontamente deixo passar (quem sou eu...), dado o todo da coisa.

O locutor começa dando a formação dos times: "os alemães vêm num 4x2x4, Leibnitz é o goleiro, seguido por Kant, Hegel, Schopenhauer e Schelling na defesa, centro-avantes Schlegel, Wittgenstein, Nietzsche e Heidegger, e ataque um duo, Beckenbauer e Jaspers": Para quem ainda não havia notado, o (verdadeiro) jogador da seleção alemã está escalado no meio dos filósofos, e o locutor adverte, com essa ironia intocável do Monty Python, que Beckenbauer foi tanto quanto uma surpresa na escalação do time.

E segue: A Grécia é mais defensiva, e vem com Platão no gol, Sócrates no ataque e Aristóteles como um ala que, nas palavras do locutor, está no alto de sua boa forma, e ressalta que a surpresa desse time é a inclusão de Arquimedes (que não era filósofo, e sim matemático e físico).

O árbitro é Confúcio (não à toa), e os bandeirinhas são Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Lhes deixo com o vídeo e volto a comentar, para não estragar a surpresa:



O narrador é impagável, enquanto a câmera mostra os jogadores em mais profunda contemplação e a bola está lá parada, na meta ("a bola, aí está a bola!"). Entre ele e o comentarista há a discussão de que ninguém fez gol até agora, a que replica dizendo "bom, pode não haver gol, mas seguramente não nos falta emoção nesta partida!".

Nietzsche começa a discurtir com o árbitro, Confúcio, alegando que ele não tem "livre arbítrio": essa é uma referência ao relativismo moral do autor, que utiliza o seu conceito de livre arbítrio para fugir de uma "moralidade escravizadora" e estabelecer o homem "Além do Bem e do Mal", de cujo livro homônimo vem essa teoria. Sem o livre arbítrio, o homem não escolhe, mas é levado a exercer uma consciência moral imposta pela sociedade, e vive em uma quimera, sua liberdade não existe e sua vontade não é interior, mas pensada desde fora e, só então, assimilada.

Por essa discussão, Nitzsche leva cartão e vemos começar a aquecer-se no banco de reservas nada menos que Karl Marx. Ele substitui Wittgenstein e entra em campo com ganas de jogar, até que... até que pára e inicia o mesmo processo de auto-absorção do pensamento filosófico, como os demais.

Não mais que de repente, Arquimedes tem uma idéia e grita "EUREKA!", as mesmas palavras que gritou correndo, desnudo pelas ruas de Atenas, quando descobriu a relação do volume dos corpos, ao entrar em sua banheira e notar que, ao fazê-lo, o volume do seu corpo fazia com que a água transbordara, e pensar que seu volume poderia ser medido pela quantidade de água dispersa desde aquele recipiente.

A grande descoberta ("Heureka" é o grego para descobrimento) de Arquimedes foi, imaginem, chutar a bola e começar, em fim, a jogar. Com ele, os gregos começam a bater bola, enquanto os alemães ainda pensam. Sócrates para Platão, para Arquimedes, para Sócrates... e GOLLLL!

Os gregos vão à loucura junto com a torcida do estádio, enquanto Hegel argumenta com o árbitro que "a realidade é tão-somente um conjunto de éticas não-naturalistas a priori" e kant também contesta, dizendo que "o imperativo categórico sustenta que, ontologicamente, só existe a imaginação", enquanto Marx afirma que foi impedimento.

Me destroço de rir com esse trecho, igual quando eu passava pelo departamento de matemática da universidade e estavam lá, professores e estudantes, morrendo de rir com uma equação. Vai entender... mas eu entendo e é fantástica a construção que faz o Monty Python com esses conceitos, todos coerentes à medida do possível, profundos e decisivos, para no final arrematar com Karl Marx pedindo impedimento...

E, com isso, Confúcio apita final de jogo. A Grécia é campeã mundial e o locutor, depois de falar outra vez do fantástico gol de Sócrates, indefensável para Leibnitz, ainda ressalta que a Seleção grega bateu nas semi-finais a grande máquina que era a seleção inglesa, que vinha com Bentham, Locke e Hobbes.

Em outro post, darei melhores direções acerca dos conceitos filosóficos expostos nesse sketch, que é, em fim, o que eu tento alcançar: às vezes de maneira acessível, às vezes de maneira inacessível mesmo, relacionar filosofía e o resto do mundo.

Só me resta acrescentar que, para mim, humor inglês pede palmas renascentistas.


_

03 abril, 2007

Bilingüe

Aviso: este blog es eminentemente bilingüe: transita entre el portugués y el español... A veces está en francés, otras en inglés, casi nunca en alemán y casi siempre asesinando gramáticas cosmopolitamente.

28 marzo, 2007

crónica visual para un amor pasado

musica para acompañar el paseo:
















...déjame recordar.















...soledad, en el instante de dos.




Conclusiones: ninguna, excepto por la botella de vino a medias.

18 marzo, 2007

declinaciones de las multitudes (part 1)

Las respuestas podrán venir al paso; o puede que yo sencillamente logre dormir.


(...)
En este punto de la pesquisa, lo que me parece más probable es que la episteme de los Derechos Humanos es, en una gran cantidad de casos, más deficitaria que su política, es decir, que una cadena de normas con aplicación en la moral, ejercida en el ámbito de la gama cultural de la post-modernidad, no debe retenerse en cuestiones formales, semánticas, siquiera ontológicas, sin que, antes de todo, esté legitimada por sus actores.

Eso implica dos momentos: Primero, el de que la búsqueda por fundamentación para el modelo de sociedad abierta y el multiculturalismo, arrastrado por la Historia desde la Ilustración, no ha, paradójicamente, logrado su luz, y no parece que la tolerancia sea, por defecto, el termómetro en las relaciones interculturales, aún que no esté en completo descrédito.

Por supuesto, refiérome a Putnam y al Pragmatismo, y creo en su teoría del abandono de la Ontología en cuestiones morales (el sentido de las cosas es plural y libérrimo en el foro de la moralidad); Pero ¿cual sería, de esa suerte, el enfoque a seguirnos? Bueno, el ser humano no reproduce aquello que no conoce siquiera en teoría, es decir, que no podemos cobrar de alguien ser tolerante con sus diferentes, por ejemplo, si esta no es una tradición cultural de la cual comparta, porque le faltará en entendimiento de dicha conducta. Es necesario que se conozca los fundamentos del multiculturalismo, y a través de dicho razonamiento generar una “creencia moral” que justifique los hechos.

(Articular creencias morales no quiere significar el empadronamiento del pensamiento, ni tampoco tiene que ver con las equivocadas teorías occidentalistas de la aclamada reconstrucción de los Derechos Humanos; Es, más bien, la nota unívoca en la que podrían las culturas reconocerse a ellas mismas y a las otras como ni buenas ni males, sino distintas pero equidistantes.)

El segundo momento sería el de verificar si una creencia moral epistemológicamente justificada y políticamente encadenada puede convertirse en una creencia moral compartida y incontrovertible, quiero decir, si los Derechos Humanos epistemológicamente justificados y formalmente consistentes pueden ser autoaplicables desde el punto de vista de un imaginario cultural cualquiera, y los porqués del rechazo. Hablamos de tradición: ¿habría una razón universal que se la puedan compartir todos los seres humanos?

06 febrero, 2007

I Ciclo de Cine EU Master

LOS ESTUDIANTES DEL EU MASTER UCM EUROPA, SIGLO XXI: FILOSOFÍA Y CIENCIAS SOCIALES

invitan a que

VEAMOS AL MUNDO DESDE LA OPTICA DEL CINE



19 de febrero
México - 18h
LA LEY DE HERODES
COMENTA: EDGAR ESPINAL





21 de Febrero

Colombia - 18h
MARIA LLENA ERES DE GRACIA
COMENTA: PABLO MALDONADO




23 de febrero
Brasil - 18h
CIUDAD DE DIOS (CIDADE DE DEUS)
COMENTA: ROBERTA GONÇALVES





El cine no existe solo, aislado del mundo; por el contrario, es una representación de la realidad, cuyos orígenes y repercusiones provienen de una gran diversidad de fuentes filosóficas, antropológicas, sociológicas, psicológicas, literarias, simbólicas y artísticas. La autonomía de las imágenes en movimiento depende del encontrar los puntos a través de los cuales, como ventana de un gran observatorio, se abren a la polifacética gama de vibraciones de esa realidad. Entre más se considera lo propio de un medio de expresión, más vinculaciones hay que buscar con lo que lo rodea, siempre dentro del marco de una mesura y unas pautas alejadas, ojalá por completo, de la irresponsable opinión banal de mala, regular, buena, excelente.

Por supuesto que se trata de interpretar. No existe ni existirá una ciencia exacta e incontrovertible sobre lo que una película dice y cómo lo dice, represente y cómo representa. Pero en vez de la arbitrariedad, del capricho o la ceguera, procuraremos en nuestro ciclo poner en común algunos elementos, de la mayor calidad y cantidad posible para, ni dejarnos engañar por las baratijas o falsas joyas, ni dejar de apreciar el inmenso valor de aquellas que valen más que el oro, a pesar de las leyes del mercado. Finalmente, proponemos un acto de amor al cine, en el cual, como en todos estos casos, hay que discernir, no razonar demasiado hasta enloquecer, entre qué nos conviene más para bien del espíritu y del cuerpo, si la mediocridad o la excelencia.


Local: Escuela de Relaciones Laborales - Piso Antiguo de la UCM | c/ San Bernardo, 49 | Metro: Noviciado - Plaza de España | Entrada Libre

31 enero, 2007

João e Maria

De todos lo que hacen música en lengua portuguesa, una de las pocas casi unanimidades – y la digo “casi” porque si fuera literalmente unanimidad lo sería porque no lo era – es Chico Buarque. Es uno de aquellos tíos que te hacen incapaz de elegir entre una canción favorita. Es un en múltiples: el político, el amante, el niño, el literata, el malandro (que sería algo como la mezcla entre el juguetón y el seductor, pero esa expresión únicamente brasileña de los años sesenta tendrá lugar aquí, oportunamente).
A mi todo en él me encanta, pero como nunca me pongo colgada en la pared de los ejemplos, se los digo, amigos, que esa es una jornada sobre la cual no se habla, se experiencia. Chico aparecerá en innumeras entradas en este blog y a los que no conocen o todavía no supieran apreciar su cancionero, aquí estarán algunas oportunidades.

Lo tratado hoy se pasó en 1976, cuando tenía treinta y dos años y acabara de escribir una letra para la canción que se le envió el maestro Sivuca (el apéndice es que Sivuca se murió hace un par de meses en Paraíba, su tierra natal, donde vengo también yo):

Sivuca envía una cinta con la melodía de la canción para que Chico la ponga una letra, y le dije que esa melodía la había compuesto desde hacia casi treinta años, lo que remitió Chico, inmediatamente, a la idea de niñez, de los juegos de hacer de cuenta, de las historias que inventaban sus hijas mientras corrían por el jardín, arrastrando sus carátulas.

A esas historietas de la imaginación de los críos (o los chicos, como Chico, pero que en portugués es el mote para Francisco), que las contaban siempre diciendo “ahora yo era”: ahora yo era la princesa, ahora yo era el pirata, ahora yo era... un presente que ya no es, porque no es real, porque no es presente, es un siempre, el pasado que vuelve porque hay todavía mucho en él con que jugar. Chico Buarque denominó esa facultad de desvirtuar el verbal, de caos temporal de los niños de pasado onírico, y a partir de eso, crió el concepto de su letra.

João y María es un sueño que los niños suelen soñar cuando despiertos:






La letra:

João e Maria
{letra: Chico Buarque / música: Sivuca}

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?




La traducción (meramente referencial):

Ahora yo era el heroe
Y mi caballo solo hablava en inglés
La novia del cowboy eras tu además de las otras trés
Yo enfrentaba los batallones, los alemanes y sus cañones
Guardaba mi bodoque y ensayaba el rock para las matinées
Ahora yo era el rey
Era el bedel y era también el juez
Y por mi ley éramos obligados a ser felices
Y tu eras la princesa que yo quise coronar
Y eras tan linda de se admirar
Que andabas desnuda por mi país
No, no huyas, no
Finja que ahora yo era tu juguete
Yo era tu peonza
Tu animal preferido
Ven, dame la mano
Ahora ya no teníamos más miedo
En el tiempo de la maldad creo que
siquiera habíamos nacido.
Ahora era fatal que el haz-de-cuenta terminara así
Mas allá de ese jardín era una noche que no tiene más fin
Pues tu desapareciste en el mundo sin avisarme
Y ahora yo era un loco a preguntar
¿Qué es lo que la vida va a hacer de mí?


Años después, estaba Chico en gira por el Noreste de Brasil, la región de Sivuca, y allí recibe una cinta de un artista local, donde había grabada esta canción misma, solo que con una letra distinta, compuesta desde hacia muchos años. Chico supo, por esta vía, que su João y Maria había sido, en realidad, una versión para la melodía de Sivuca.

No hace falta decir que nadie conoce a la primera versión, y más bien que lo que compuso Chico nunca fue considerado una mera segunda opción, ni él el segundo en la genialidad de su carrera.

23 enero, 2007

orora analfabeta


Brasil es el país de la diversidad.
Humánamente, eso es una riqueza. Geopolíticamente, es una tragedia.
Bajo las plumas del carnaval de exportación, las playas y la cachaça, su pueblo sufre las agruras de siglos de explotación, desrespeto y marginalización: los ricos ante los pobres, los pobres ante los miserables, los poderosos ante todo el resto.
Puede que sea una autoafirmación colada de arte, puede que sea un artificio inconsciente, puede que sea la amargura de una gente que llora música, puede que sea la locura colectiva generada por el trópico: Brasil sigue exhalando felicidad.
La música popular brasileña asombra de atemporalidad – y de razón... Jards Macalé interpretaba en 1974, pero que podría haber sido compuesto hoy por la mañana, un samba de raíz el cual es un buenísimo ejemplo de lo que acabo de decir: bajo la belleza del arte que trata de la sencillez de la vida cotidiana, uno de los más grandes problemas sociales del país se convierte en sonrisas y baile. Sigue:


Orora Analfabeta
{Gordurinha/Nascimento Gomes}

Eu Conheci Uma Dona Boa Lá Em Cascadura
Grande Criatura Mas Não Sabe Ler...
E Nem Tampouco Escrever...
Ela É Bonitona, Bem Feita De Corpo
E Cheia Da Nota Mas Escreve Gato Com J
Escreve Saudade Com C
- ( Pra Você Ver ) -
Ela Me Disse Outro Dia Que Estava Doente
Sofrendo Do "Estrombo’’ Eu Levei Um Tombo
Caí Durinho Pra Trás
- ( Isso Assim Já É Demais ) -
Lê "Aribú","Arioplano"E "Motocicréta"
E Diz Que Adora "Fejoada Compréta’’
- ( Ela É Errada Demais ) -
Ví Uma Letra O
Bordada Em Sua Blusa, Eu Disse:
É Agora...
Perguntei Seu Nome, Ela Me Disse:
- Óróra... E Sou Filha Do Arinêu.
O Azar É Todo Meu.





*traducción (referencial):

He conocido a uma tia en Cascadura
Grande persona pero no sabe leer...
O tampoco escribir...
Ella es guapa, el cuerpo está bien
Y tiene un pastón, pero escribe 'gato' con la ‘j’
Escribe Saudade (echar de menos) con la ‘C’
- fíjate bien -
Ella me ha dicho otro día que estaba mala
Que sufría del ‘estrombo’ (estomago) y yo me caí de pronto
Me tumbé para tras
- Así ya es demasiado -
Dice ‘aribú’ (urubu), 'arioplano’ (aeroplano) y ‘motocicréta’ (motocicleta)
Y dice que le encanta la ‘feijoada compréta’ (completa)
- Ella está demasiado equivocada -
Miré su camisa
Estaba bordada la letra ‘o’, luego pensé:
- Ahora sí...
Pregunté su nombre, ella me dijo:
- ‘Óróra’ (Aurora)... Y soy hija de ‘Arinêu’ (Irineu).
La mala suerte es toda mía.

16 enero, 2007

critica de la razón ciudadana

Analizar la “opinión pública” no es posible sin que se vuelva los ojos a las premisas del “espacio público”, donde aquella nace y donde va a generar sus efectos. Los cambios estructurales del espacio público, partindo de los salones del siglo XVIII hacia el fenómeno del capitalismo tardío, han formado un nuevo orden social, cual sea, la “tecnocracia”.
Es la sociedad de la “ciencia” y la “técnica”, estas que se han convertido en ideologías (así como ya lo fueron en sociedades anteriores las religiones, los dogmas de derecho natural, etc.), y de las cuales emergen nuevos parámetros para una “acción comunicativa”, en la terminología de Habermas – las ideologías son inherentes a los espacios públicos y son el instrumento por el cual las normas son históricamente generadas, es decir, es la ideología de cada época la que trata de dotar de asentimiento el Poder, principiologicamente.
Pero, con efecto, la “ideología tecnócrata” es mucho mas impenetrable de que otras tantas del pasado (la doctrina del “justo cambio”, del capitalismo liberal, por ejemplo). Es lo que advierte Habermas {Técnica y Ciencia como Ideología, 2003}, cuando habla de la reducción de las decisiones publicas a una minoría, la “elite tecnócrata”, y lo que eso genera: el sabotaje de la propia estructura democrática, de la intersubjetividad y de la comunicación; la ideología tecnócrata, o tecnocrática, está basada en reglas que no exigen cualquier justificación, es decir, el gobernado ahora no más legitima el Estado, el Político no es más político, ese espacio público ya no más ofrece la libertad critica de que necesita el desarrollo de la opinión pública (es muy fácil comprender lo que eso quiere decir, simplemente si tomamos como ejemplo aquellos que se oponen al capitalismo: nunca se los darán oídos mientras contesten el gran dogma de la actualidad).
Aún que la sociedad democrática esté fundada, entre otros, en la libertad de expresión, es notable la deterioración de la opinión pública, de la legitimidad y de las normas - antes de primar por su substrato principiológico, la Justicia, cada vez más el Poder emana desde meras “reglas técnicas” que, sendo lo que es la lógica de las cosas, no se alteran por decisiones políticas, así que no existe, a rigor, a lo que legitimarse. El capitalismo hay porque lo hay. Justicia no está en juego.
Sin embargo, la opinión pública, rechazada y disminuida por nuevas ideologías y viejos dogmas, es una concepción perteneciente a incontables discursos (sendo ella misma un discurso), desde las teorías lingüísticas de Chomsky (la verdad a través de la capacidad semiótica de construir sentencias valorables entre los interlocutores), hacia la teoría política de Bobbio, del poder político laico.
Es a partir de esa laicidad que me atrevo a pensar que hay de haber, en la pragmática tecnócrata, la opinión publica, la ética y la libertad (en una coexistencia de todo obscura y sobresaliente, a la vez), y no sé si podría pensar de otra manera, ya que la opinión pública es el instrumento de evaluación de la "realidad" de una sociedad, así como es el dialogo que valora la verdad en cada uno, de nosotros ante nuestro reflejo.
En un sistema democrático, denegar la existencia de la opinión publica, o por lo menos no luchar por ella, es teratológico; ¡o bien no creamos en la democracia! O que no nos haga falta conocer a la realidad, lo que es dulce y lo que es amargo, lo que son ríos y lo que son puentes, la física, la metafísica... pues en la naturaleza del hombre reside el diálogo y me parece que debemos seguir creyendo y, en especial, luchando por la verdad que se cuenta en nuestro alrededor. Así, me afierro a la racionalidad y creo, como señaló Bovero {Laicidad y Democracia, 2002}, que es en el pensamiento laico donde reside el camino hacia la tolerancia.

Me parece mejor que termine con palabras más sabias que las mías, con una poesía de Borges, la cual leía hace poco, pues la creo apropiada a la reflexión:

“El principio

Dos griegos están conversando: Sócrates acaso y Parménides.
Conviene que no sepamos nunca sus nombres; la historia así será más misteriosa y más tranquila.
El tema del diálogo es abstracto. Aluden a veces a mitos de los que ambos descreen.
Las razones que alegan pueden abundar en falacias y no dan con un fin.
No polemizan y no quieren persuadir ni ser persuadidos, no piensan en ganar o en perder.
Están de acuerdo en una sola cosa: saben que la discusión es el no imposible camino para llegar a una verdad.
Libres del mito y de la metáfora, piensan o tratan de pensar.
No sabremos nunca sus nombres.
Esta conversación de dos desconocidos en un lugar de Grecia es el hecho capital de la Historia.
Han olvidado la plegaria y la magia.”

{Jorge Luis Borges, Obras Completas, 1989}

15 enero, 2007

changed.

"Who are YOU?" said the Caterpillar.

This was not an encouraging opening for a conversation. Alice
replied, rather shyly, "I--I hardly know, sir, just at present--
at least I know who I WAS when I got up this morning, but I think
I must have been changed several times since then."

"What do you mean by that?" said the Caterpillar sternly.
"Explain yourself!"

"I can't explain MYSELF, I'm afraid, sir" said Alice, "because
I'm not myself, you see."

"I don't see," said the Caterpillar.

"I'm afraid I can't put it more clearly," Alice replied very
politely, "for I can't understand it myself to begin with; and
being so many different sizes in a day is very confusing."

"It isn't," said the Caterpillar.

"Well, perhaps you haven't found it so yet," said Alice; "but
when you have to turn into a chrysalis--you will some day, you
know--and then after that into a butterfly, I should think you'll
feel it a little queer, won't you?"

"Not a bit," said the Caterpillar.

"Well, perhaps your feelings may be different," said Alice;
"all I know is, it would feel very queer to ME."

"You!" said the Caterpillar contemptuously. "Who are YOU?"

Which brought them back again to the beginning of the
conversation. Alice felt a little irritated at the Caterpillar's
making such VERY short remarks, and she drew herself up and said,
very gravely, "I think, you ought to tell me who YOU are, first."

"Why?" said the Caterpillar.

Here was another puzzling question; and as Alice could not
think of any good reason, and as the Caterpillar seemed to be in
a VERY unpleasant state of mind, she turned away.

"Come back!" the Caterpillar called after her. "I've something
important to say!"

This sounded promising, certainly: Alice turned and came back
again.

"Keep your temper," said the Caterpillar.

"Is that all?" said Alice, swallowing down her anger as well as
she could.

"No," said the Caterpillar.

Alice thought she might as well wait, as she had nothing else
to do, and perhaps after all it might tell her something worth
hearing. For some minutes it puffed away without speaking, but
at last it unfolded its arms, took the hookah out of its mouth
again, and said, "So you think you're changed, do you?"

(...)


{Lewis Carroll}

ya está

nuevos vientos
nuevas lenguas
nuevos sueños.

 

Roberta Gonçalves, 2007 - We copyleft it!