11 mayo, 2008

Relavismo Moral Subversivo?

Os advogados do universalismo moral, ou siplesmente kantianos, há muito ressaltam o "perigo" do emprego do relavismo quando se trata de moralidade: a idéia é difundir certo pânico, o que em geral ocorre com todos nós, quando dizemos que que é possivel deixar de importar-se com coisas que geralmente acreditamos dever importar-nos.

Via de regra, a idéia mesma de um imperativo categórico que nos imponha obrigações morais tais como compadecer-se da dor alheia ou ser caridosos, ou mesmo um "dever cidadão" ante nosso país, é, dentro do senso comum, a garantia (a priori) de que existe uma "ordem" normativa intrínseca ao ser humano e que nos protege de nós mesmos, ou em outras palavras, da própria degradação moral da espécie, na medida em que cada vez mais depreciamos nossos semelhantes, cada vez mais o mundo vive indiferente.

Talvez, em lugar de categorizar a bondade humana como um imperativo, deveríamos deixar de buscar na força normativa e, portanto, sancionatória de uma moralidade ideal (que é, no fundo, tentar impor semelhanças entre latentes diferenças) o elmo dourado da sobrevivência da espécie humana, descartar essa racionalidade amedrontadora e pensar-nos mais como "voluntários" envolvidos em causas como justiça e liberdade, contra toda classe de opressão, inclusive a moral.

Muito embora haja o medo, não deveríamos ater-nos à discussão acerca da autoridade de qualquer moralidade; penso que um conceito mais bonito e mais humano ao qual deveríamos observar é o da tolerância, que longe de ser uma imposição, é o resultado de uma capacidade humana ostensivamente prática porque pode ser egoísta ou altruísta, e surge se relativizamos nossos julgamentos morais: a possibilidade do acordo.

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Roberta Gonçalves, 2007 - We copyleft it!